sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Velho conversível

O carro andava pela estrada cada vez mais rápido e os velhos amigos riam com o vento bagunçando seus cabelos.
Foi dentro daquele conversível vermelho que tantas coisas aconteceram, eles já tinham perdido a conta. Tantas risadas, tantas conversas, tantas lágrimas. Um grande companheiro dos cinco perdidos amigos. Muitas vezes eles se perguntavam o que seriam deles sem aquele carro.

Alguns diziam que eles eram loucos por cuidar tanto de um carro. E velho ainda por cima. Mas eles ignoravam, pouco se importavam e continuavam vivendo sob aquelas quatro roas cansadas, a pintura desgastada, os bancos de couro antigo. Aproveitavam como nenhuma outra pessoa já aproveitou, afinal eles nunca saberiam qual seria o próximo caminho, onde seria mais uma curva perigosa, quando seria a próxima batida.
Eles simplesmente aproveitavam cada momento com o mais fiel e velho (e vermelho) companheiro de todos, independentemente da estrada em que estavam e até onde eles iriam chegar um dia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário